quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cadeg – sobre as gravações do Rio aos 30 #02




                           foto: site do Cadeg
 

O Cadeg foi a nossa primeira gravação. A equipe já frequentava o local, conhecia um bocado daquilo ali. Nessa primeira experiência com a turma, tive o prazerzaço de contar com a presença da Juliana Amorim, que foi, por anos, a produtora que trabalhava comigo no Em Movimento, ainda no Espírito Santo. Ela estava de passagem aqui no Rio e a convidei para acompanhar a gravação. Claro, isso me deu um ânimo diferente, desabituada que estava com aquela turma, como já disse, essa coisa de gravação é uma das paradas mais íntimas que existem, você expôe seus erros o tempo todo para os colegas, um tem que entender o jeitinho do outro, e se não quiser entender, normalmente o serviço sai uma bosta.

Enfim, lembro bem de como estava quente. Pensei que jamais conseguiria trabalhar nessa cidade. Melequenta de suor na primeira sonora, pelo menos eu estava num ambiente que considero total a minha praia – cheia de gente simples, com comida boa e muita coisa para olhar. A gravação rendeu uns bons dois cartões, sinal de que o Beto – cinegrafista – ia ficar puto da vida, o que não aconteceu, e o que já era um milagre.

O pessoal que nos recebeu por lá me deixou de cara com o tratamento. No Espírito Santo eu não estava acostumada a ser tão bem atendida assim, de cara, para um programa de internet (!) que sequer existia(!!!). Nos levaram a todos os cantos, nos explicaram tudo, abriram rodas de conversa, nos deram cerveja gelada e uma bela mesa banqueteada com todos – TO-DOS! – os pratos disponíveis na festa portuguesa. Cheguei em casa meio alta, cansadíssima de tanto calor e tive uma DR com meu namorado, que até hoje não entende direito que às vezes eu preciso beber no serviço, mas valeu a pena.

Eu adoro me enfiar em um mercado. Todos os que conheci eram lotados de história, aspectos da cultura local, comida e bebida fartas. Esse ainda é entupido de produtos fantásticos e fica perto da minha casa. Um toque de pertencimento a uma Zona Norte ainda pouquíssimo explorada e festejada, aquela gravação começava a fazer sentido em tudo o que eu queria aqui, ainda mais com tanto vinho e planta em volta de mim. E eu descobria que exercer meu serviço aqui, ao contrário do que imaginava (e como muita gente gostava de ameaçar) parecia muito mais fácil. Cariocas falam, se a gente puxa conversa eles dão pano para manga, riem junto e estão acostumados com câmeras. Ninguém fica com vergonha ou “prefere não se expôr”, o que facilita muitíssimo o meu trabalho.

O legal do Cadeg é que ele é um ambiente verdadeiro. Pelos motivos mais diversos, todo mundo que eu levo lá fica com vontade de voltar. Papai ama a diversidade de vinhos e principalmente os preços. Mamãe se perde nas plantas. Cesinha e Tati adoram o PF de bife. Acho que Juju super curtiu a mini aula de cervejas importadas, a equipe adora comer lá no fim de semana, ouvindo um chorinho, e eu gosto muito da feijoada do Barsa e dos lombos de bacalhau ponográficos que expõem por lá. É um lugar genuíno, raro no Rio, que não vai te cobrar mais caro pela vista, mas sim pela qualidade das coisas.


Serviço: Vá de táxi. Permita-se beber uma cerveja por lá, ou mesmo um vinho. Tem locais climatizados muito bons, onde você pode comprar uma garrafa na própria loja, a um preço bem bacana, para acompanhar a refeição. Ah! E se for fora de temporada, você ainda pode topar com o Papai Noel. 
 
Para você que não viu:
o Rio aos 30 do Cadeg está aqui: http://www.youtube.com/watch?v=EnS6zqoc6uw
 
O Papai Noel está aqui:
 
E o site do Cadeg é este aqui:


Nenhum comentário:

Postar um comentário