sábado, 30 de novembro de 2013

Cachu – sobre as gravações do Rio aos 30 #03



É verdade que eu estava de ressaca quando gravei esse programa. Todos nós estávamos. Como uma boa equipe que quer permanecer unida, bebemos unidos um dia antes, na casa do Uriel, o editor e sócio da Cazota. E é verdade também que os cariocas adoram esticar as horas livres o máximo que podem, e isso significa, muitas vezes, ir trabalhar na segunda-feira bem chumbado. Mas eu gosto dessa coisa, para ser sincera. Quem trabalha domingo não tem como guardar muitos pudores com a saúde física do dia seguinte, não. E a mental... bem, ela às vezes funciona melhor desse jeito.

Eu estava doida de vontade de conhecer essa tal cachoeira. Alguns amigos já tinham ido passar o dia lá, e me falavam com um ar blaseé, “hoje não vamos à praia não, vamos à cachoeira”. Como assim? Todo mundo sabe que chegar em cachoeiras exige viagens e trilhas bandidas, a não ser  que você já more no campo. E a não ser essa cachoeira. Essa pulsa mesmo dentro do coração da floresta da Tijuca, bem na meiúca da urbanidade e da poeira e de toda a nojeira do asfalto.

Realmente é fácil de chegar, dá até para fazer isso de ônibus (linhas 409 ou 416, ponto final). Logo de cara, no início da subida para a Vista Chinesa, a gente encontra uma represa. É lá que é cheio de ebó. Nada contra, gente. Nada contra MESMO! Acho a religião inclusive muito bacana. Mas não dá pra ficar na florzinha não? Não tem um jeito de não deixar aquele monte de comida lá? Chama rato, barata, bicho de tudo quando é jeito. Acho que o santo vai entender se você explicar direitinho que não queria poluir o local...

A trilha é razoavelmente tranquila. Tem alguns pedaços que impossibilitam pessoas com deficiência de passar, como por exemplo uma parte que é necessário subir com a ajuda de uma raiz, mas de resto acho que não tem grande mistério não. Também tem isso: morar em cidade grande significa que você nunca vai pra um lugar sozinho. Se 0,001% da população tiver a mesma ideia que você, o lugar vai lotar. Daí é só perguntar o caminho para alguém por lá mesmo que você consegue chegar.


Devidamente revigorados, seguimos em frente até a Vista Chinesa. Se você não tem um preparo físico bom, acredite, lembrará desse passeio por mais ou menos uma semana. Então pode ir de carro, ou combinar com um taxista para esperar, ou subir outro dia. Mas podendo, não deixe de ir: a estradinha que leva até lá é uma belezura, até a temperatura muda, toda encalacrada de floresta que é em volta. E do alto do verdume tem a vista mais clássica do Rio de Janeiro, com um quiosque pseudo-chinês lá em cima que dá umas boas fotos. E você sempre pode tirar uns minutos para observar turistas estrangeiros em seu habitat natural.  


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